O núcleo do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) de Guarapuava deflagrou, na manhã desta terça (7), a segunda fase da Operação Rota 466, que investiga possíveis crimes de corrupção praticados por policiais rodoviários estaduais. A ação resultou na prisão preventiva de um ex-comandante do Posto de Polícia Rodoviária de Guarapuava. Além do cumprimento de 11 mandados de busca e apreensão em seis cidades, incluindo Guarapuava, Laranjeiras do Sul e Pitanga.
Conforme apurado pelo Gaeco, os agentes exigiam propina de motoristas flagrados em infrações de trânsito e também de pessoas que trabalham com o salvamento de cargas tombadas na Região. Além disso, a investigação encontrou provas do envolvimento de outros três policiais militares. Estes não haviam sido alvos na primeira fase; agora, foram afastados das funções operacionais.
O ex-comandante, que já havia sido alvo da primeira fase da operação, foi preso preventivamente após o Gaeco descobrir que ele praticou outros crimes de corrupção, recebendo pelo menos R$ 47 mil em propina, além de ter tentado atrapalhar as investigações.
A ação em Guarapuava ocorreu em conjunto com a Operação Via Pix, deflagrada pelo Núcleo de Ponta Grossa do Gaeco. Nesta outra operação, houve o cumprimento de 19 mandados de busca e apreensão contra policiais rodoviários estaduais. Eles exigiam pagamento de propina via Pix para contas de “laranjas”.
A investigação aponta que o grupo movimentou ilegalmente cerca de R$ 140 mil entre dezembro de 2024 e agosto de 2025. Sete policiais acabaram afastados. Por fim, o Ministério Público reforça que a população pode contribuir com as investigações de forma anônima pelos telefones 197 (PCPR) ou 181 (Disque-Denúncia).
Fonte: Rede Sul de Notícias
Postado por: Adilson - Guarapuava
07/10/2025